Sinto que sou fria. Que por muitas vezes me defendo com a razão. Deixando o sentimentalismo de lado; talvez uma jogada defensiva. Quem se meteria a invadir o meu campo de controle? Mas também sinto que ando em dívida com o meu coração. Ele quer pulsar e pulsar forte, acelerado, arriscando toda a ciência e transbordando oxigênio a ponto de me fazer flutuar. como alguém sem razão, sem peso na consciência. O que me falta? Talvez coragem de arriscar meus jogadores. Espalhando, deixando-os perdidos, sem funções. Porque a paixão é uma partida cheia de perdedores e vencedores, um jogo maluco e sem regras. Quer se arriscar  Talvez. Quem não gosta de aventuras? Quem não quer ser feliz? Tenho de aprender a demonstrar mais o que sinto, não as emoções de tristeza ou alegria, com essas eu sei jogar, mas as que bagunçam com a minha razão e me deixam refém as emoções mais intensas e indecifráveis. Vai saber. Eu ainda não sei.